Os problemas eram os únicos amigos dela, até que passei a ser mais que um amigo e ajudar a resolver os problemas junto com ela. Da amizade, floresceu um sentimento, ambíguo de momento mas arguto da maneira correta. Apareci na sua vida no momento certo pois da forma que caminhava, em linha reta, não encontrava emoção apenas ia sinuosamente correndo mas sem direção... não fazia seu sentido para não correr riscos acabando por não dar a devida importância ao quanto ela considerava tudo isso muito além de querer mais...
Entregar-se a um novo amor enquanto você está quebrada, faz você considerar todos os passos seguintes, então me deixei levar pela ideia de não envolver sentimentos e ao passo que comecei a conquistá-la dei a relevância de tudo que seria da sua afinidade.
Ela dizia que a maior mentira era o seu sorriso, por não exacerbar toda a verdade que carregava no coração. Então lhe disse que a abertura do seu coração era a boca, e como podeira ser uma mentira a curva mais admirada do seu corpo...?
Então poderia me dizer, se os olhos não vêem o coração não sente?
Sentia, eu via verdade nas suas palavras, mas a via do seu coração estava obstruída e como ela não se permitia a insegurança só lhe deixava ir na linha tênue da retidão.
Para amar de novo, lhe provei que para sentir era preciso a entrega, permitir-se exprimir sentimentos e deixar a vontade fluir...
E nessa de se deixar levar pela confiança da amizade, fui reconquistando seu melhor caminho, com atenção, aventura e carinho ela voltou a ser feliz, confiante com bom humor, sorrindo e se divertindo na sua melhor versão ao encontrar um espelho na sintonia com alguém, sincronizados fomos levados até a direção, do coração... Inevitavelmente depois de muitas conversas deitados ficamos lado a lado ela passa a mão no meu rosto e respira fundo me tocando ainda mais fundo quando sussurrou ao pé do meu ouvido: - você não sabe quantos sorrisos eu já dei só de pensar em você...
LcBertoldo
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